Todos podem ter ideias.
Eis uma verdade simples que pode fazer muita gente mais feliz.
Ao contrário do que muitos imaginam, ter ideias independe de talento ou profissão. Não, ser criativo não é premissa apenas para publicitários, escritores ou artistas bicho-grilo.
A rotina nos desafia diariamente a exercitar a ter ideias. Já reparou?
Como negar a genialidade de quem teve a ideia de torrar uma frutinha avermelhada, moer, misturar com água quente, coar e servir em uma xícara quentinha? Ou daquele camarada que percebeu que empurrar uma pedra redonda era mais fácil que uma quadrada? E o que falar daqueles que sempre acham uma forma diferente de colocar as roupas na mala que não fechava, e onde, depois de sua incrível performance, sobra espaço?
Todos precisamos ter ideias. E todos podemos. É uma questão de condicionar a mente a fazer conexões inusitadas. Sem medo de errar.
Há mais de 10 anos, esbarrei em um livro incrível chamado “How to get ideas”
, de Jack Foster. De tempos em tempos, dou-me o prazer de lê-lo novamente.
Com princípios óbvios, mas ignorados pela maioria dos mortais, o autor apresenta de forma leve e dinâmica o que podemos fazer para condicionar nossa mente a ter ideias.
Em busca do famoso ´pensar fora da caixa´, o leitor é desafiado a utilizar o seu senso de humor, desenvolver sua curiosidade, visualizar seus objetivos, repensar o seu pensamento e superar o seu medo de rejeição. O autor detalha de forma agradável e divertida exemplos de como colocar em prática as ideias apresentadas em seu livro.
Mudou minha maneira de enxergar o mundo. Simples assim.
Das lições aprendidas, destaco uma, apenas, para deixar você com o gostinho de quero (ler) mais: as ideias simplesmente EXISTEM. Você é que ainda não as encontrou. E, o melhor: não existe só uma.
Um exemplo? O autor, em uma de suas aulas, escreveu 13 na lousa.
– O que vocês veem?
Minutos de silêncio. Devia haver alguma pegadinha naquela pergunta tão simples. Um dos alunos arriscou:
– Treze.
– Muito bem. O que mais?
Alguns minutos de silencio depois:
– Um e três.
– Muito bem. O que mais?
Como assim ´o que mais? – Alguns devem ter pensado. Os mais ousados continuaram a responder:
– Três e um.
– Muito bem. O que mais?
– Somando dá quatro.
Primeira barreira quebrada: do que é para o que poderia ser.
– Muito bem. O que mais?
– Treize, em francês.
Outra barreira.
– Muito bem. O que mais?
– N. A décima terceira letra do alfabeto.
E, dali para frente, uma chuva de sugestões.
Ideias existem. Só precisamos desconstruir o medo de errar para encontrá-las.
Nota:
em português é muito difícil encontrar esse livro. Parece que existiu uma versão obscura em 1997 pela editora Futura e só encontrei usados para compra. No Kindle, da Amazon, está na segunda edição por míseros $19. Na Livraria Cultura tem a versão digital também.
Em tempo:
se faltava motivação para você treinar o inglês, aqui está uma bem boa.
Amei e quero ler. Amando todas as postagens!! Parabéns pessoal!
Vai curtir, Clariana! 🙂