“Me liga, me manda um telegrama, uma carta de amor. Que eu vou até lá, eu vou, eu vou até lá…”
“Sorria que eu estou te filmando, sorria o coração tá gravando o seu nome aqui dentro de mim, uô, oh, oh…”
“Lua vai iluminar os pensamentos dela, fala pra ela que sem ela eu não vivo, viver sem ela é meu pior castigo…”
Duvido você ler essas frases sem cantar mentalmente os pagodinhos.
Pagodes fizeram parte da história de todos nós: seja porque curtíamos mesmo, ou simplesmente porque estávamos cercados, na adolescência, por aquelas músicas eternizadas nos encontros de família, nas bagunças da escola, nas festas de fim de ano, nas rádios, nas lojas, nos churrascos e, especialmente, nos programas de TV.
Pagode é bom – e não tenho nenhuma vergonha de dizer isso. Meu marido gosta de pagode como eu e, quando nos conhecemos e descobrimos esse gosto em comum, foi uma alegria só.
Sim, pagode é alegria. Para mim, é um tipo de memória base. Os pedreiros que reformaram a casa onde eu morava quando criança ouviam SPC no último volume. As férias da minha adolescência, na Praia Grande, passaram sempre com muito Katinguelê. Na minha sala, os pagodeiros tocavam cavaquinho, surdo, pandeiro e tudo mais. Nas festas de Natal, meu pai fazia o fundo do balde de surdo, alguém chacoalhava uma caixinha de fósforo e o coro da família cantava e dançava. Inesquecível.
A playlist tem Exaltasamba, Raça Negra, Negritude Junior, Katinguelê, Só Pra Contrariar, Soweto, Os Travessos, Molejo, Art Popular… São 54 músicas que vão lhe trazer boas memórias e vários sorrisos.
Sem mais delongas, dê o play e boa diversão. Essas, todos nós de trinta e uns sabemos de cor.
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