Menina, te apresento o Victor.
Ele foi um dos 4 guias da expedição o Vulcão Ojos del Salado, no Chile, que fiz mês passado. Um chileno gostoso de Torres del Paine.
Tivemos todos os dias da expedição juntos e nada. Nem um sinal de interesse dele por mim.
Eu, que dava trela para meio mundo, também não fui muito clara. Mas, antes de dormir, sempre criava na minha cabeça alguma história com ele.
Finalmente, acabou a viagem e tivemos um jantar de comemoração. Aí, ele estava “à paisana”, hummm…
Sentei perto de uns lugares livres, para tentar me aproximar dos guias. Dois deles ficaram enrolando na minha frente, até que eu falei: “ei, Mariano, Turco, sentem-se!”.
Pronto, sentaram. O Turco na minha frente e o Mariano ao meu lado.
Assim, ao menos eu garantia que o Victor estaria por perto, já que os 4 eram grudados.
Passaram-se 15 minutos, no máximo. De repente, o Victor surgiu do meu lado. Eeeeeeeeeeeee! Algum sinal no ar! Será? Será???
Praticamente ignorei todo o grupo durante a noite, e tentei ser mais explícita em relação aos meus interesses. Tinha imaginado tantas histórias deliciosas… Era hora de torná-las realidade.
Você, minha amiga, sabe a dificuldade que tenho em demonstrar algo. Mas me esforcei e, no final, ele me disse que ia tomar algo com o Mariano e me convidou para uma cerveja.
Bora lá! – respondi, já bem excitada.
Ainda demos carona para a galera até o hotel e eu fiquei ali na porta, do lado dos meninos, com cara de santa, mas sem chamar ninguém, como eles fizeram.
Saímos os 3, encontramos mais 3 no caminho e mais 2 no bar. Quando sentei na mesa éramos eu e mais 7 homens. Não pense bobagem. Minhas fantasias todas, naquela noite, eram só com ele.
Victor sentou do meu lado e, pouco tempo depois, era como se estivéssemos sozinhos na mesa. Já estava até começando a relaxar – mas não muito, se não vinha o sono de 14 dias tão recentes andando e dormindo em barraca. Eu queria continuar bem acordada para o que estaria por vir…
Os meninos levantaram. Vamos para o próximo bar? Demorei bastante de propósito e fomos os últimos a sair.
Então, ah… finalmente, ele me abraçou!
Olhei para ele, enquanto colocava meus braços em volta de sua cintura, e disse que não queria ir a outros bares.
E, assim, ficamos nos olhando por alguns segundos. Mudos. Sorrindo.
Bem devagar, ele se aproximou e me beijou.
Que boca deliciosa ele tinha. Era melhor, bem melhor, que minhas fantasias.
Nos separamos dos outros meninos e começamos a andar em direção ao meu hotel, a umas 20 quadras dali.
Ele me abraçava, me soltava, me beijava, me girava. E, pior: eu estava gostando de protagonizar esse filme exageradamente romântico, tipo os contos de fadas nos quais nunca havia acreditado!
Essa noite ele dormiu comigo, e foi sensacional…
Depois te conto mais detalhes, amiga.
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