Resolvi aproveitar a promoção do 17º Projeta Brasil* e fui (convencida a) ver “Mais Forte que o Mundo – A História de José Aldo”.
Meu marido e meu pai, que estavam comigo e são apreciadores do UFC, não pensaram duas vezes: era aquele filme! Eu não estava tão empolgada assim, nem minha mãe. Mas confesso que me surpreendi. Aliás, nos surpreendemos.
(Sem spoilers, pode ficar tranquilo).
Li a sinopse oficial e ela não me convenceu muito: nascido e criado em Manaus, José Aldo (José Loreto) precisa lidar com a truculência do pai, Seu José (Jackson Antunes) que, além de se embebedar constantemente ainda por cima bate na esposa, Rocilene (Cláudia Ohana), com frequência. Aldo encontra na luta sua válvula de escape. Acreditando em seu futuro como lutador, aceita se mudar para o Rio de Janeiro e morar de favor no pequeno alojamento de uma academia. Lá, recebe o apoio do amigo Marcos Loro (Rafinha Bastos) e conhece Vivi (Cleo Pires), uma jovem que vive na academia. Precisando ralar um bocado para se manter, Aldo enfim consegue um voto de confiança do treinador Dedé Pederneiras (Milhem Cortaz), iniciando, assim, sua carreira no mundo do MMA.
Se você, como eu, não se sentiu atraído pela descrição acima, aqui vão alguns motivos para você dar uma chance ao filme e se deixar envolver:
- A trilha sonora é quase toda brasuca, com requintes de Lenine, Charlie Brown Jr., Caetano Veloso, Seu Jorge. No repertório gringo, tem uma versão nova da música incrível do Tears for Fears “Everybody wants to rule the world”.
- A direção e a edição são INCRÍVEIS. Cenas fortes e dinâmicas. Afonso Poyart é um dos diretores brasileiros que melhor conduz cenas de ação.
- O filme mostra cenas absurdas de lindas de cidades como Rio de Janeiro, Inglaterra, Las Vegas e Toronto.
- Há citações de Carlos Drummond de Andrade. Surpresa pra morrer de amor.
- Dá pra rir, genuinamente, de algumas piadinhas!
- Jackson Antunes, Claudia Ohana, José Loreto e Milhem Cortaz (o eterno Zero-2 de “Tropa de Elite”) dão um show de interpretação. Até Rafinha Bastos entra no time.
- Não é o bacanal nem a pornografia que às vezes rola nos filmes brazucas. Tem uns “peitinhos” que quase não se vêem, de tão rápido (não, não são da Cleo Pires, e só isso é o que posso adiantar).
Te convido a dar um voto de confiança, ainda que pequeno, pra esse filme brazuca.
Tem porrada. Afinal, é UFC. Mas tem muita coisa forte no filme.
E eu destacaria apenas uma palavra que define o atleta que, afinal, inspirou o “Mais forte que o mundo”:
Resiliência
1 Elasticidade que faz com que certos corpos deformados voltem à sua forma original
2 Capacidade de rápida adaptação ou recuperação.
Todos nós, e eu me incluo nisso, precisamos nos reerguer das rasteiras da vida e aprender a vencer nossos fantasmas.
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